Fotos: Itaporanga.net; tudosempredacerto.blogspot.com; divinaarte.arteblog.com.br
Dos povos que nos formaram herdamos um amplo sincretismo religioso, cada um com suas práticas, tradições e pajés de diversas denominações. Nossa cultura religiosa está repleta de benzedeiras, rezadeiras, curandeiros que tratavam de males físicos e espirituais com ervas, beberagens, rezas "bravas", mandingas e simpatias (rituais para afastarem certos males - quebrantos - com emprego de rezas, drogas, ervas, bentinhos, patuás e afins). Sempre tive fascínio e interesse por este universo popular de fé e magia.
Mas com o desenvolvimento, popularização e franco acesso à medicina institucional, a melhoria na escolaridade e o êxodo rural vem diminuindo e se extinguindo o interesse das novas gerações pelas práticas de nossos avós. Vão desaparecendo nossos xamãs e com eles sua cultura milenar de cura. No interior ainda restam alguns abnegados mas sem a preocupação de registrar e imortalizar seus conhecimentos e práticas. Há também a crença de que em se iniciando um novo benzedor, a rezadeira perde seu dom e poder. Consequentemente perdem-se as tradições sem novos Iniciados.
O objetivo deste blog que ora lhes apresento é registrar de modo simples e desinteressado estas práticas, sem nenhuma pretensão de ser erudito (afinal, não passo de um curioso do assunto) e nem de afiançar a eficácia de tais práticas. Trata-se apenas do interesse cultural e histórico em manter um breve registro desta tradição.
Além das simpatias, mandingas, rezas e beberagens pretendo também elencar um universo de superstições que compõem a nossa cultura popular e que tanto temor causam em milhares de pessoas, das ignorantes às mais sábias. Sem contudo querer infundir terror e crendices em ninguém, nem tampouco agredir a fé alheia; conforme já foi dito, reitero o interesse meramente cultural.
Pretendo reunir também ditos populares, causos de nossa cultura caipira e regionalismos das diversas regiões desta grande roça que é Minas Gerais. Afinal, qual o mineiro que não tem os pés fincados numa fazenda?
Apresentados que estamos, boa leitura!
Será uma delícia, tomar conhecimento deste universo popular de fé e magia. Comece logo a publicar. Estou super curiosa.
ResponderExcluirBoa tarde, Vera. Já postei a primeira "simpatia" e vou postar muitas outras mais. Fique de olho. Abraços.
ExcluirMaravilha, sempre achei que deve-se preservar as memórias, e quem já não fez uso de uma dessas crendices, serei rato de blog.
ResponderExcluirBoa tarde, Neli, obrigado pelo seu interesse. Caso lhe seja possível, envie-me material para abrilhantar o nosso blog. Pode ser pelo e-mail francisco.ferreira2606@hotmail.com. Abraços.
ExcluirPerfeito!
ResponderExcluirBoa tarde, Zelia. Obrigado e volte sempre. Abraços.
ResponderExcluirMinha mãe tinha uma reza de nervo torcido q colocava água bem quente na bacia com uma quartinha não lembro bem pq era criança. Conforme rezava a água da bacia enchia a quartinha ou era ao contrário não sei
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