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Na roça era nosso costume, quando crianças e mesmo de alguns adultos, às vezes, exagerarmos numa comida de que gostávamos ou de algo de difícil digestão. E, invariavelmente, passávamos mal. Os pais diziam que a gente estava perrengue, que havíamos "levado coice do caldeirão". Raramente nos tratávamos com drogas de farmácia, para estes males, o comum era tomar o chá da flor do mamão com bicarbonato de sódio.
Modo de preparar:
Apanhava-se três ou quatro flores do mamoeiro, lavava-as na água da bica e as cozinhava, ou colocava em infusão em água fervendo, quando o chá estava morno (ao ponto de não queimar a boca) adicionava-se um "cabo de garfo" de bicarbonato de sódio. Estava pronta a beberagem.
Obs.: Aquelas crianças "niquentas" que não gostavam de tomar o chá, as seguravam, apertavam o nariz e quando esta abria a boca para respirar, viravam-lhe o chá, à força, goela abaixo. Isto era o último recurso antes do piraí.
Niquentas - pirracentas, manhosas, "cheias de partes",
Piraí - chicote de couro cru.
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